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Mostrando postagens de setembro, 2012

Pit stop

Uma folha em branco, gigantesca. Um monte de pensamentos desencontrados e nem é tempo disso. Vontade de ser o Saramago e sair digitando desembestada, sem pontuação, tudo que me venha à cabeça e aos dedos. A cortina roça a parede fazendo um barulhinho estranho e todos os ônibus e carros passam lá fora num outro som, que já se tornou comum aos meus ouvidos. Já não sei mais da minha rotina antes disso, de quando eu estava noutro lugar, eu era outro eu e vivia outra vida. Não, eu não perdi minha identidade - será? Apenas me adaptei, fácil e rápido demais. Deixei meu apêndice há dois meses para me tornar um? Lembro-me agora das reflexões na sala de recuperação, antes de seguir pro quarto... A mente trabalhava tanto que ficava imaginando textos, trocadilhos com minhas perdas e ganhos. Agora tudo se foi, até aquela ótima frase que me veio outro dia. Perdi velhos e bons hábitos, indisciplinei-me. Adquiri vícios? Não sei ao certo, só que agora eu precisava escrever algo. O coração sempre guiou