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Mostrando postagens de novembro, 2010

Pelos nossos sorrisos

Lembro-me ainda da primeira vez em que te vi: usava a sua camisa azul clara e estava com sua inseparável mochilinha às costas! Era dia de aula? Acho que sim... Depois de um final de semana de intensos contatos, eu forcei um pouco o encontro, numa segunda-feira à noite... E você apareceu, me pegando literalmente de surpresa! Não vou mentir: de início, eu não me empolguei tanto assim... Achei tudo meio surreal, sua voz, sua figura, fiquei um tanto tensa! Depois de me mover pra lá e pra cá - estava no evento de um lançamento de livro, você até bebeu um drinque, que me lembro! -, com você me esperando pacientemente, finalmente saímos daquele hall, debaixo de uma chuvinha fina... E agora, pensei, o que vai ser? Descobri você tão ou mais falante ainda que eu, se é que isso é possível! Réu confessa, minha autodefesa é falar além do MEU normal, quando estou nervosa. Mas falávamos igualmente! Sobre o que, mesmo? Agora não consigo mais me lembrar, mas creio que devemos ter descrito nossa tra

Inferno astral

E cadê aquele amor, que eu busquei e alimentei e reanimei, quando caído estava? Será que de fato existiu ou foi apenas uma criação, mútua? Nada mais é certo agora, nada mais é alento...

Pra que? Pois é, pra que...

Pra que mentir Fingir que perdoou Tentar ficar amigos sem rancor A emoção acabou Que coincidência é o amor A nossa música nunca mais tocou Pra que usar de tanta educação Pra destilar terceiras intenções Desperdiçando o meu mel Devagarinho, flor em flor Entre os meus inimigos, beija-flor Eu protegi teu nome por amor Em um codinome, Beija-flor Não responda nunca, meu amor (nunca) Pra qualquer um na rua, Beija-flor Que só eu que podia Dentro da tua orelha fria Dizer segredos de liquidificador Você sonhava acordada Um jeito de não sentir dor Prendia o choro e aguava o bom do amor Prendia o choro e aguava o bom do amor.                                                      ( Codinome Beija-Flor - Barão Vermelho )

O que é tudo isso?

Às vezes, na cama, ou durante a leitura, eu tenho uns insights do que escrever. Isso tem se tornado um pouco recorrente, nestes dias de pensamentos fervilhantes e atividades física e mental praticamente nulas. Penso e penso e tento não pensar, mas me é involuntário. Então hoje o almoço foi o mesmo de ontem e embora eu goste do menu - costumava ser meu preferido, mas nada pode ser para sempre...! -, parece que o tédio se apossou até mesmo da comida. Na tv, um filme divertido não me anima. A leitura me incentiva e suscita várias vontades e ideias, mas tenho que dar um tempo, pra que não se torne uma obsessão... Isso me ocorreu em determinado momento: vou mergulhar na literatura, assim quem sabe não terei tempo de pensar em nada mais! Ou senão pensar em coisas produtivas pra se escrever! Mas sei que é só o meu tipo de fuga, e que, no final, não vai funcionar... Qual era mesmo a ideia? A oscilação do sinal tá me inervando, mas vou tentar ignorar... Voltemos então às obsessões. Pareç

De como eu sou covarde...

Se eu tivesse coragem, não faria nada. Eu ia desaparecer. Ia simplesmente fingir que eu nunca existi. Ia viver uma outra vida, conversar com outras pessoas, sentir outras coisas. Eu não iria me sentir sozinha nem perdida nem tola. Eu não iria sofrer por motivos que nem existiriam, também. Seria uma pessoa criativa e isso me bastaria! Assim que resolvesse e me sentasse pra escrever, as palvras iriam fluir e isso seria meu modus vivendi! Será? Acho que estou muito sugestionada pela leitura atual, eu nunca quis isso! Melhor tentar outra coisa... Mas quanto a não agir, isso seria perfeito! Como agora, por exemplo: eu seria mesmo educada, interessada, porém distante. Quase sua melhor amiga! Isso, me conte como está se sentindo e como espera que tudo fique bem! O que mais? Pode se expressar à vontade, porque isso não me afeta... Conte-me de como está confuso e sofrendo, mas que era necessário tomar esta decisão; do quão sincero você é e sempre foi!!! De como as coisas não poderiam ser

Uma historinha

Eu só queria escrever uma historinha, pra variar... Dos sapatos espalhados pelo chão, da roupa pra lavar, do sol batendo no meu vestido rosa com bolinhas brancas... Da dor-de-cabeça que insiste em me fazer companhia, das roupas repetidas toda semana... Do livro bom, porém pesado que carrego na bolsa mas não tenho lido, das roupas também espalhadas pelo quarto... Dos livros amontoados na penteadeira, dos amigos que eu não tenho mais contato, do sol agora batendo no meu olho... Da televisão ligada na sala sem ninguém assistindo, da máquina de lavar torcendo a roupa, das mangas caídas pelo terreiro... Dos gatos suplicando carinho, da Katina deitando na minha bota como se fosse cama, da Sofia deitada na mala como se fosse cama... Da tv que agora já está desligada, da lavadora que acaba de desligar, do sol depois da chuva... Da falta de alguém pra conversar, da falta de falar, da falta de ouvir, da falta de amar... Da falta... De você... Eu só queria uma historinha...

Esta não é mais uma carta de amor

Em tempos de e-mail, mensagens eletrônicas e redes sociais virtuais, quem envia cartas físicas? Resolvi, por isso, me escrever uma carta. Não, ela não será física, também será virtual. Não vou postar nos correios, vou registrar em mim mesma. Uma carta daquelas que diz as coisas que não temos coragem de verbalizar. Coisas que não temos coragem de assumir. Uma carta de amor a mim mesma. Há tempos venho mascarando meus sentimentos, omitindo o que eu realmente quero. E o que é, afinal? Não sei é a resposta mais adequada. ??? Isso mesmo. Depois de tudo, de tantas certezas absolutas, verdades supremas, deslizes, recaídas, idas e vindas, sorrisos de alegria e satisfação plena, a única coisa que sei é que nada sei. Não sei se te quero mais. Não sei se não te quero mais. Sei que quero paz de espírito, serenidade no meu coração. Não quero mais a dor, a humilhação, a vergonha, a auto-comiseração, como se realmente tudo isso fosse necessário! Quem foi que inventou que para sermos felizes tem

Depois da tempestade, ainda virão outras?

Agora resolvi me reinventar. Na verdade, não há nada disso, nem estou fazendo nada de novo! Pior, estou mesmo é me repetindo! Inventei foi de escrever algo e como não tinha ideia melhor, escrevi isso... Era só pra começar bonito o texto. De nada adiantou, porque está chulo do mesmo jeito! A inspiração tem me faltado sobremaneira, pelo menos no que se refere a ser interessante! Bobagens me brotam aos borbotões, mas dizer de algo que realmente faça diferença, qual o que! (será que este que tem acento??? Argh nessa reforma ortográfica que me tirou toda a segurança, o dedo firme no teclado!!!) Acabo de consultar o “pai dos burros” e “na minha interpretação” (acho que não era bem esse o jargão...) era o QUÊ! Ok, preguiça à parte, agora que já me informei, que tal seguir com o texto? Ou o que se pretende dele, ao menos! ... Só agora retomo, mas já vou indo de novo. Volto depois. ... Acordei, de um sonho que era pesadelo, na verdade. Teve sim esta conotação, mais que no sentido f

finados

por que os sentimentos, pensamentos, lembranças, desejos simplesmente não morrem, assim como os animais?

do dia seguinte à capitulação...

Hoje aprendi que, além dos quinze minutos de fama, existem também os quinze minutos de poder, que todo mundo uma hora quer exercer. Eu não sei quando eu quero, na verdade acho que exerço vários minutos em diversos momentos, admito... Mas este quinze minutos de agora não são de poder ou da fama: são os quinze minutos que me restam antes de ir. Tem também uma expressão, de “se eu estiver nos meus quinze minutos” ou “me deu quinze minutos” (ou seriam cinco?). Quinze ou cinco, o fato é o que resta. Agora são só dez, mas me fizeram refletir sobre os tantos minutos (perdidos ou ganhos?) de ontem! Com que finalidade, afinal? Por acaso sou eu agora escrava dos meus desejos, também? De que adianta eu ficar patrulhando o alheio, se na prática estou fazendo o mesmo! Argh pra mim! Não quero escrever mais, quero pensar e refletir sobre isso... Pra ver se não faço mais!!! Agora vou mesmo é mergulhar de cabeça no amor, ou no que se pretende dele...