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Mostrando postagens de setembro, 2011

"Tu te tornas eternamente responsável por aquele que cativas"

Saber contar histórias é uma profissão, ainda que não regulamentada (será?). Não falo de escrever histórias, falo mesmo de contá-las. Alguns têm esse dom e, com certeza, Maurício Kubrusly é desses. Há muitos anos, no auditório da Cemig (BH/MG), assisti, pela primeira vez, a um "Projeto Sempre um Papo". Não me lembro o ano, impossível precisar agora; o fato é que foi exatamente com este ótimo 'contador de histórias'... A palavra fácil, o sorriso franco, o interesse genuíno, a atenção por um e pelo outro, simplesmente. É homem simples, espirituoso: não se acha importante ou imprescindível, vive neste nosso mundo sem um telefone celular! Mais que um jornalista e/ou escritor, Kubrusly sabe como poucos entreter uma plateia: que o digam os quase dois mil presentes a mais uma edição do projeto, na última quinta-feira! Senti-me pequena, enquanto jornalista. Grande, entretanto e entre tantos, por fazer parte daqueles que têm prazer em ouvir, aprender, compartilhar. D

Gray Day

Olhou pra um lado, seu olhar ficou lilás – ou seria roxo? Olhou pro outro, de novo! Olhou à frente, apenas o horizonte... Ventava e fazia calor, mas ela não sentia nada, além dos pés doloridos pela caminhada. O dia já começara com algumas novidades e desafios... A mudança na rotina - acordar cedo, caminhar, conhecer pessoas novas e adaptar-se à nova realidade. Além de tudo isso, agora esse encontro...! As coisas pareciam ter voltado ao normal. Ou o que ela entendia de normal: nada de carinho ou beijos, atenções ou rapapés adicionais. Isso a entristeceu e fez com que retornasse à sua autodefesa, mesmo que momentaneamente. Trocaram algumas palavras ásperas no início, mas foi só o tempo de ele insistir em seu sorriso. Ah... o sorriso dele! Lembrou-se de quando haviam se conhecido: era só o que ele conseguia fazer, então: sorrir... parecia que as palavras morriam-lhe na garganta e permaneciam lá. No coração. Retornou de seus devaneios, meio que a contragosto. Pra que pensar nisso a

Do olá e do adeus

Músicas das quais me lembro imediatamente: "She says: Hello, you fool, I love you!" e "Hello, Is it me you're looking for?" E ponto, acabou.

Na tabuleta dizia:

Algumas ausências e falhas depois, cá estou.  Mas o que precedeu o agora me impede de prosseguir.  Como continuar e perder o que já houve?  Dias marcantes, fatos inusitados, eventos e pensamentos.  "Volto já."

Capitulação

Atravessou a rua pensando no que viria e veria dali a pouco... Pensou mais uma vez e ainda outra: que estou fazendo? Culpa? Não, em absoluto. Nada disso mais o atormentava. Há muito esse sentimento já não tinha espaço em si. Apenas tentava compreender a natureza dos sentimentos que o dominavam e moviam. Acreditava em sinais ou forçava-os? Fato ou mito, lá ia ele, ao seu encontro. Daquela que nunca havia deixado de estar consigo, ainda que não a alcançasse. Era dela que se lembrava quando fazia o trajeto para o trabalho, quando se deitava em sua cama fria ou quando acordava com uma sensação de vazio... Era com ela que sonhava - e eram ilimitadas suas fantasias! Mas por que? O tempo passara. As coisas mudaram - será? Em que medida? Só agora podia reconhecer que evoluíram, ambos. E no entanto, ao vê-la do outro lado da rua... Onde o passado ou o presente? Não era sempre assim, em suas lembranças? Nada do que um homem esperaria de uma mulher. Para ele: encantadora! Era ao seu coração que

Mais uma vez amor

Tá bom, tá bom: eu já entendi! Se é assim tão incontrolável, tão imprescindível... Não vou te reprimir, tá bem? Fique à vontade, olhe, vasculhe, descubra...! Faça o que realmente quer! Posso falar? Não vai adiantar! Nada vai modificar, o que definido está. Pelo tempo, pela vida, pelo o que é e pelo que somos. E que seja...!

=)

A má vontade, os passos arrastados, a obrigação. O vento no rosto, no corpo - já frios. A conversa protelada e o sentimento represado: explosão! O pranto emerge, atropela a razão e o pudor. Que importa? O ósculo desejado e o abraço apertado, as mãos e os dedos: encontro! Buscam-se e acham-se e esquecem-se de tudo: o que era mesmo? Então o sorriso, há tempos esquecido... A cabeça no peito, a pele no pelo, os dois. A noite, o sono, o sonho, o dia. Amor.