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Feriado

Tive mais um daqueles sonhos perturbadores essa noite. Ou melhor, madrugada. Horas e mais horas assistindo algo na internet pra "fugir da realidade" - é meu diagnóstico preferido. E de novo acordo querendo sonhar mais um pouco pra tentar entender o quer foi, o que poderia significar. Provavelmente apenas minha fixação em certos pensamentos, sentimentos. Mas tem sempre aquela pergunta incômoda: e se for alguma mensagem? Acho que estou ficando muito impressionável. Ou então tentando achar sentido no que me convém, o que equivale a me iludir. Resumindo: deu-me de repente uma angústia. Fiz uma prece silenciosa e li algumas mensagens. Aqui estou. E vou continuar seguindo.

Espera

Há quase um mês já. E mais de um mês já se passou em mim, sem que eu me desse conta. Ainda que eu contasse cada dia, cada hora e cada minuto nessa espera. Eu esperei. Eu esperava. Ainda que não dissesse. Ainda que não expressasse claramente isso. E agora eu só sinto. Por vezes, e tantas vezes ainda, me ressinto. Calada mais uma vez estou. Esse silêncio me exaspera. Esta espera. Espero.

Dia da Verdade

E eis que num 1º de abril dei-me conta de que a mentira tinha chegado ao fim. E que algumas verdades incômodas sobre mim mesma vinham mais uma vez à tona. Ainda não sei o que é sentimento, apego, orgulho ferido, sentimento de posse, comodismo, dependência emocional. Quando a gente sabe que é amor? E quando deixa de sê-lo? Onde ele foi parar, se é que estava lá? O que sinto agora é um vazio, uma perda. Não necessariamente desse sentimento tão falado e pouco sentido. De algo a que já tinha me habituado. De ter um lugar pra chamar de meu. Materialmente. Emocionalmente. Fisicamente. Chega a ser meio doentio isso. Remeti-me àqueles relatos de pessoas que amputam uma parte do corpo, mas continuam com a sensação de ainda a possuírem. Senti-me de repente sem destino, num lugar estranho, com pessoas estranhas, que estranhamente conheço. E a sensação de liberdade vigiada, de perda de autonomia. Estou cansada de pensar. De imaginar caminhos, situações, de criar expectativas... como sempre. Vou en

Necessidade

Amanheci com os 'sonhos' que têm me assaltado nos últimos dias. Cedíssimo, ainda que eu não tenha nenhum compromisso - minha rotina, há algum tempo. Poderia ter, mas julguei melhor caminho retirar-me dessa realidade alternativa. Assim tenho (sobre)vivido. Dei-me conta que andei distante. Especialmente de mim mesma. E um texto numa rede social me acertou em cheio, na boca do estômago, esta manhã! Fugindo de mim, da minha realidade, dos problemas, passei os últimos meses, anos... Uma corrida 'sem pódio de chegada ou beijo de namorada', alguém já cantou. Que me levou a lugar algum além de pra dentro dos meus demônios, bem disfarçados por um sorriso quase constante. Não me reconheço mais. Ou serei essa agora eu mesma, afinal?! Em busca de algum alívio pra agonia das noites perturbadas, corri pro virtual, na tentativa de alimentar minhas neuroses, de responder meus anseios. Fui barrada pela tecnologia e pelo soco na boca do estomago. E resolvi vir pra cá. Refletir sobre ment