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Mostrando postagens de agosto, 2011

Sábado

Lá vou eu de novo, morro abaixo... Nada disso, é só algo que me veio à mente agora! Eu me recuso e me esquivo.  Na verdade, eu fujo o tempo todo. E encaro e finjo ser forte. Mas choro escondido nos meus sonhos. E fico sentada sozinha no banco da praça.  Já não me reconheço. Algum dia eu me soube?

Recadinho do coração

E então eu estava cheia de ideias.  Ou pelo menos julguei estar.  Depois de um dia semiemudecidaa, a mente costuma fervilhar bastante.  Os dedos tornam-se nervosos, ligeiros, ávidos por registrar tudo que passa rapidamente por meus pensamentos. É fato: não consigo.  O dia passa, as horas vão-se, esvaindo-se em coisas aparentemente úteis.  Ou não, apenas uma questão de opinião.  Tento mais uma vez abstrair. Desligar-me das coisas que me irritam, mudar meu padrão de pensamento - recomendações médicas. Ledo engano.  A tecnologia alcança-me, esfrega-me no rosto sua obsessão! Oi? É, pois é: parece que sou mesmo objeto de análise! - estou tentando não ser deselegante... Mas já chego ao limiar da minha tolerância e compreensão... Posso ser mais expressiva, bem mais direta, caso seja necessário.  Tudo depende do estímulo! Entendeu?

"Inda lembro..."

Agora várias coisas, pensamentos vãos. E, no entanto, nada. 'Pés de zumbi' - quisera eu que fosse todo o corpo! Assim estaria também desprovida desses pensamentos... (?) Pode-se culpar os hormônios? A respeito de tudo e de nada, pra variar! Acho boa essa ideia... Alguma outra? "Sem mais para o momento" - evadiu-se!

Para Maradona

Quando ele chegou, era o mais bonitinho - seu 'irmão' parecia um ratinho! Lembro-me de apelidá-los de Pink e Cérebro, numa referência ao desenho animado de mesmo nome. Mas eles sofreram transformações, quase mutações, cresceram.  Ambientaram-se, conquistaram seus respectivos espaços, algumas vezes às custas de muita briga...  Mas ficaram, afeiçoamo-nos a eles.  Os apelidos perderam o sentido: Maradona e Luan, seus respectivos nomes - depois de algumas mudanças! Irritava-nos muitas vezes Maradona, pulando o muro e depois não conseguindo voltar! Quantas idas à casa da vizinha buscá-lo, após um devido castigo? Ele não se emendava e a família revezava-se naquela tarefa maternal... Estava sempre se esfregando, 'gritando' e grudando-se, quando era para sair! Ai! - mas não são todos assim? Então um dia ele não voltou. Da casa do vizinho, de suas andanças noturnas ou aventuras perigosas - agora bem o sei! Tentou, mas seu limite foi o portão, onde o encontramos... Molhado, hir

¿qué pasa?

Sempre quis escrever isso, agora na minha nova versão pseudopoliglota, experimento. Porque esta minha intolerância? Quando penso que tudo já foi superado, ei-la de novo: a ira! Ah, vou escrever mais nada agora... Deixarei que ela me consuma, só um pouquinho... Recrudesça até que meu grito exploda, ainda que silencioso. Grito agora - não ouves? Tens o dom de ignorar-me, bem o sei. Tanto faz: passou.

Sobre minha nova cara, sem rosto

E então eu decidi mudar. Depois de um certo comentário numa entrevista de trabalho(!), passei a reconsiderar-me, enquanto imagem. Não só em relação a isso, mas principalmente, no que se refere a aqui. Afinal, que imagem é esta que estou passando de mim ou do que escrevo - ou tento? (pausa para dar registrar que Cássia Eller, cantando Djavan, é agora a trilha sonora...) E percebi-me menos que gostaria, mais que deveria. Em que aspecto? "Lúdico". Foi a palavra para me categorizar (para não dizer rotular). Não que eu me importe em ser mesmo esta "menina palhaça". Mas não sou só isso. E decidi deixar de sê-lo, ao menos um pouco. Por isso a nova cara, em que minhas memórias deixam de ser públicas. Pelo menos aquelas que me são mais caras. Trocadilhos à parte, sou eu mesma que dou as caras. E as escondo quando o que importa são as palavras. E a imagem? Fica no imaginário de cada um!

O chamado da lua

Saiu sem destino. Ao menos para os outros. Para si, sabia que o destino era somente um: aquele ditado por seu coração. A lua muito contribuía naquela noite: acendia de novo sua alma, deixando a noite quente e clara, perfeita para uma caminhada! Pensou em todas essas coisas e seguiu. O sabor, gelado e doce, inspirou-lhe a correr um pouco mais: tomou o ônibus que parava no ponto. Sentia-se assim como uma aventureira, livre e finalmente desperta. A música dava o tom de seus sentimentos, mirando mais uma vez a lua. Linda, amarela, agora distante em função do caminho escolhido. Sem melancolia, apenas em sua própria companhia. De repente, um mundo de possibilidades; o desejo inicial prevalecia. Uma imagem destoa e assusta a aventureira: fogo na serra! Sim, o vermelho tingia o negro ao longe e era triste de se ver... Da mesma forma que surgiu, desapareceu, mas deixou sua fúnebre lembrança. O trânsito trouxe-a de volta à realidade, agora ao som de guitarras e batidas nervosas...

Meu trânsito emocional de hoje

Ah, tá bom, eu não estou mesmo com vontade de nada. Mas me lembrei de como fico indignada com a falta de educação dos motoristas daqui de BH. Não vivo e convivo com o trânsito das outras cidades, capitais etc para saber como é, mas aqui está um horror! Toda hora eu quase sou atropelada, atravessando a rua na faixa de segurança, com o sinal aberto para o pedestre! Dá pra aguentar? Nessas horas me lembro de como é bom eu não ser uma motorista, não ter que lidar com essa falta de educação e de consciência coletiva generalizada! E poder ir e vir, sem a escravidão do carro. Mas deixemos as lamúrias de lado. Hoje é um dia, mais um dia, como qualquer outro dia. Exceto pela minha falta de vontade extrema. Seria, afinal, a tão famosa ressaca? Vários fatores corroboram para isso, além da sua ausência física e presença eterna...