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Mostrando postagens de 2011

Balancê

Caminho da roça. Não, não é festa junina nem vai ter quadrilha, de nenhum feitio. É só o último post deste 2011 = 4. E eu que pensei que seria "o ano"...! A chuva continua inclemente, intermitente. Eu resisto, bravamente. Meio que desisto um pouco, verdade seja dita... Opto por uma versão solidão de réveillon. Não é nada depressivo, já esclareço. É só um tempo de recolhimento, de "ostra" sem ostracismo (eu e meus trocadilhos infames...!). Permito-me ver TV, ler um livro, ficar quieta - pra variar. E dizer adeus com força a este ano, para dar boas e ótimas vindas ao que virá! Ainda restaram e rondam-me ideias de posts pra este ano... Como a historinha do morador de rua 'jantando' sob a marquise, numa de tantas noites chuvosas por aqui... Fica pra próxima - ou pro próximo? Ano ou post? Ah... que seja!

Excessos literários

Muitas exclamações anteriores: É HOJE O DIA DA ALEGRIA! Pronto, desabafei... =)

Feliz aniversário

Eu tenho, preciso, necessito escrever.  Mas me foge o tempo, a lembrança, o assunto!  Ou não...  Falta-me, 'em verdade, em verdade, vos digo': a disciplina!  E aqueles insights , promessas de algo que valha, vão todos para recônditos desconhecidos de não sei o que...! Então deixemos de lado todas as desculpas vãs: escrevo! Este é pra hoje, por hoje: 38! Mais virão depois...

Os pés desta noite

Os pés. Na plateia. Tento apreender quem é, na verdade, o entrevistado - famoso e (re)conhecido ele é. Fico indecisa quanto à sua simpatia: sua fala arrastada já me dá preguiça... Os pés, inquietos, roubam minha atenção. De novo. É um pé bonito, grande, que me faz lembrar de um outro par deles - os quais não pude admirar ou conviver o quanto gostaria! A tornozeleira reforça a lembrança e atiça ainda mais minha curiosidade: esses pés têm um rosto? Já não consigo ouvir o entrevistado... A "preguiça" dele parece impregnar-se também em mim, dispensando minha pouca atenção! O entrevistador bem que tenta reconduzi-lo, mas é a digressão do entrevistado que me reconduz: aos pés... Vejo seus cabelos - ele têm  dreads  -, mas seu rosto permanece encoberto pela senhora ao meu lado. Agora o entrevistado consegue captar-me: fala sobre a tortura de escrever. Discordo e de novo ele me perde: eu gosto, não sofro... Transpiro minhas ideias, na verdade. (Escrevo?) O assunto

Muda despedida

Inventei um amor agora há pouco. Tava fresquinho e jovial que só ele! Sorria sem parar e elogios não faltavam... A paisagem era inspiradora: até passarinho tomando banho na poça d'água nos emocionava! Ríamos e nos divertíamos, a conversa fluía naturalmente... Seu beijo? O melhor de todos! O abraço? O mais envolvente e apertado... Seu perfume impregnou em mim - nem banho eu queria! Sua voz reberverava em minha mente, grudada que ficou na memória... Eu sorria, respondendo. Então acordei. Ou me fiz desperta - às sacudidelas! Foi tudo um sonho?

O primeiro

O primeiro do mês. Do último mês do ano. Meu mês e mês de todos. E que venham: todos os dias de todos, meu 28 e meus 38.

Contra tudo e contra todos - os preconceitos

Na madrugada a ideia me veio.  Pensei em expressar tudo, naquele instante mesmo: um post politizado, afinal - era a ideia...! Mas a manhã acabou, a tarde chegou e com ela eu mesma.  Percebi que sim, quero gritar meu repúdio a todo preconceito, mais ainda àquele que desconheço, que se esconde em mim...!  Fora!  Quero o amor e a compreensão, a aceitação.  A beleza, não a estética perfeita.  E, antes e mais que tudo, a saúde - "geração saúde", ouvi isso a noite toda: essa sou eu! Cuidemo-nos, amemo-nos, mas com responsabilidade e informação.  Respeitemo-nos em nossas diferenças e divergências.  E um dia, quiçá, outros 1ºs de dezembro serão dias de celebração, mais que de conscientização!

Qual é a música?

Rendo-me ao recheado: não é ruim... Nada mais adequado: "Gulosos"! As metáforas me assaltam, mas me falta agora o talento para utilizá-las... desisto! O preferido ainda é o melhor, mas o custo-benefício foi bem favorável. Sejamos práticos: essa é a ordem da vez. Oscilo entre o sal e o doce, esse último sempre vence, especialmente em momentos assim... Tudo parece reduzido à mesmice, as novidades já estão todas obsoletas e ultrapassadas. Inferno astral, tpm, estresse ou nada, na verdade. Vou me livrar dos rastros, dos resquícios e destes sentimentos rotos. Não estou a fim: Os Anjos - Legião Urbana "Hoje não dá Hoje não dá Não sei mais o que dizer E nem o que pensar Hoje não dá Hoje não dá A maldade humana agora não tem nome Hoje não dá Pegue duas medidas de estupidez Junte trinta e quatro partes de mentira Coloque tudo numa forma Untada previamente Com promessas não cumpridas Adicione a seguir o ódio e a inveja Dez colheres cheias de burrice Mexa tudo e

Quem dá tchau ao maquinista?

As paisagens passam rapidamente. Mas não tão rápido a ponto de perder os operários ao longo da linha de trem. Sinto-me novamente criança e não resisto: aceno. Eles respondem  e acenam de volta. Sorrio satisfeita e prossigo a viagem.  E a pergunta me vem: alguém acena ao maquinista?

Noturno II

A catarse de novo. As ideias pululando, atropelando-se. Mal consigo organizá-las! Perturbação. O livro. A pessoa. A luz debaixo da porta. Sono reprimido e acumulado e insônia. Agitação e ansiedade: o futuro aproxima-se - insisto e abuso da ênclise. A literatura insuflando-se mais uma vez. Eu fujo, ainda que a resistência não dure por muito tempo. Ou que a persistência vença. Deixo-me arrastar pelas letras, palavras, frases. Apenas transpiro. Não mais, na verdade. Fria. E passional. E obsessiva, obcecada. Arrepio na nudez: seria o pé na lajota encardida do quarto barato de hotel? As formigas estão por toda parte, farejando rastros e resquícios de comida. O quarto é sala, cozinha, banheiro, casa. E nada: impessoal, apenas uma vaga ocupada. Momentaneamente. Almejo pelo que não alcanço: o tempo. De onde vêm os cheiros? Para lá voltarão. O seu, onde está? Tanto mais o afasto, tanto mais ele me persegue. O agora grita em mim. E a sede é infinita. Boa noite/bom dia.

Transpiração de todos os santos

Então eu tenho tempo e dinheiro (?) pra fazer um monte de coisas que simplesmente não faço. Leio todas essas coisas extremamente estimulantes e não me estimulo. (esse gosto de soja com morango não combinou, vou comer um biscoito de sal: comi, não adiantou... seria bom um chá mate pra acompanhá-lo, mas sem possibilidades no momento!) Ando por ruas que agora me são familiares. Não enxergo ninguém, apenas vejo placas e possibilidades. Procuro por um entusiamo há muito perdido... (o bebê vizinho parece querer dar o ar da sua graça, soltando guinchos já um tanto altos; não resisto: acabo apelando pro bom e velho Danix - ah, meu Deus, onde isso vai parar?!) Nenhum santo me socorre.

Oi?

Falta de assunto não é - mais certo que seja falta de vontade, nem sei mais! E que importa, afinal? Lendo Anne Frank e pensando em como tudo pode ser extremamente irrevelante - inclusive eu mesma... Oi? Refiro-me às lamentações e mazelas cotidianas, à falta de criatividade e iniciativa! Por isso a ausência, somada  à mudança de rotina, cenário, endereço, condição... Mas isso é um outro post, ok? Volto depois...

Partida

Fique mais um pouco, não vá agora! Ainda não te contei tudo. Aquelas verdades absolutas, irrefutáveis. Não te contei mesmo, nada. Além de tudo que você já sabe... Daquilo que você nega. Feche os olhos, tape os ouvidos. Não adiantará. Está bem aqui - dentro. E sempre estará. Cá estava, antes ainda de sua chegada. E quando você se for, permanecerá. Boa viagem.

?

Então tudo se resumiu a uma eterna e morna interrogação.

Dos afetos

Ainda hoje, um casal de adolescentes na porta da escola fez-me recordar de tempos idos, vividos... Tempos em que os abraços eram apertados - corríamos mesmo aos nosso(s) encontro(s)! Os beijos? Longos, demorados, ansiados, apaixonados. As mãos não se soltavam, se possível fosse andaríamos até mais que abraçados! (mas era impossível caminharmos assim, então nos resignávamos...) Se as mãos suavam por tanto calor - nosso? -, cada um doava um dedo para nosso gancho, pseudoelo do nosso afeto... Lembro-me também que considerávamos absurdo, quiçá hereges, os casais que mal se tocavam... e prometiamo-nos nunca fazê-lo - ou sê-los! E agora, que é que temos? Frieza: cada qual por sua vez e de sua parte... Nada de abraços, beijos, toques - as manifestações de nossos afetos foram segregadas ao escuro do quarto, ao silêncio das paredes... Por que? Quando foi que nos perdemos assim do nosso calor?

Noturno

A lua. Nua. Minha. Tua. No murinho. Lembra-te?

No meio do caminho

A urgência por um poeminha que seja. Escrever. Meus olhos agora marejam com facilidade e quase, quase, o pranto explode! Vejo-te, penso-te. Nas pessoas na rua. Nas músicas no rádio. Nas palavras à minha volta. No tudo que me cerca... Quando o presente?

Agora

Vestiu seu melhor sorriso e saiu. Pisou na poça e molhou o olhar. Ignorou isso e seguiu. O salto da autoestima agarrou na calçada. Continuou descalça. Alcançou-o, afinal. Era tarde. O tempo passara, o amor acabara. Morrera de véspera. Ninguém a avisou. Correu até o parque. Gritou. Os passarinhos voaram em debandada, assustados. As pessoas não ouviram. Calçou a cara e foi embora. De volta. Pra fora, agora. Já era hora.

Laranjada

Não, não é um refresco. É quente, bastante. E abafado. É tudo que eu não queria. Mas que no entanto é. É bonito de se ver, até. Sou eu, neste quase verão. Ao som de divas e mestres. Pra dentro.

Gentileza urbana

Ocorreu-me dentro do ônibus - naturalmente. Já foi até um dos tópicos do jornal: os rumores, humores e sons do ônibus. Desde que se instituiu a educação e a gentileza nos coletivos, aí mesmo é que ela evadiu-se! Nunca ouvi tanta 'música' que eu não queria ou vi tantas pessoas sendo acintosamente desrespeitadas! Pra não lembrar de outras grosserias urbanas... Mas nem tudo está perdido: há exceções e bons exemplos. Cavalheirismos até! Já me explico: fazendo uma caminhada até o trabalho, eu presenciei. A mulher independente, bem-resolvida, que levava o filho a algum lugar, foi surpreendida pelo pneu furado do seu carro importado. Sexta-feira, sol a pino, horário de almoço, ela bravamente se joga à tarefa mecânica. Observo o cenário: todas as portas do carro abertas - provavelmente para refrescar o rebento, que permanece dentro do automóvel e aproveita para dar uma buzinada...! O incidente aconteceu numa rua pouco movimentada de um bairro nobre, na região de vários préd

Post póstumo

Sábado de sol, afinal. Existe um mundo aos sábados, um mundo que desconheço. Talvez por estar eu em casa nesses sábados: dormindo, assistindo tv, escrevendo, lendo... Ou fazendo qualquer outra coisa,  que não pertença a esse outro mundo a que me refiro: um mundo que implica em sair pra ver o outro lado, o de fora! Um mundo em que as pessoas acordam cedo e vão pra aula. Ou pra academia. Ou pra feira. Ou 'bater perna': fazer compras, ir ao mercado, encontrar os amigos, 'tomar uma' - de manhã? É. Tantas coisas tão distantes da minha rotina - e por que? Porque sábado sim, sábado não, eu acordo cedo também. E cruzo com estas pessoas, mas com destino distinto: o de vê-las fazendo isso, enquanto 'cumpro meu horário'. E quando é o sábado do não... eu durmo. E fico em casa, assisto tv, escrevo, leio... E faço as coisas do meu mundo, daqui de dentro. Quando o sábado não vai ser assim, pra mim? Quando meu sábado não vai ser póstumo? Semana que vem?

"Tu te tornas eternamente responsável por aquele que cativas"

Saber contar histórias é uma profissão, ainda que não regulamentada (será?). Não falo de escrever histórias, falo mesmo de contá-las. Alguns têm esse dom e, com certeza, Maurício Kubrusly é desses. Há muitos anos, no auditório da Cemig (BH/MG), assisti, pela primeira vez, a um "Projeto Sempre um Papo". Não me lembro o ano, impossível precisar agora; o fato é que foi exatamente com este ótimo 'contador de histórias'... A palavra fácil, o sorriso franco, o interesse genuíno, a atenção por um e pelo outro, simplesmente. É homem simples, espirituoso: não se acha importante ou imprescindível, vive neste nosso mundo sem um telefone celular! Mais que um jornalista e/ou escritor, Kubrusly sabe como poucos entreter uma plateia: que o digam os quase dois mil presentes a mais uma edição do projeto, na última quinta-feira! Senti-me pequena, enquanto jornalista. Grande, entretanto e entre tantos, por fazer parte daqueles que têm prazer em ouvir, aprender, compartilhar. D

Gray Day

Olhou pra um lado, seu olhar ficou lilás – ou seria roxo? Olhou pro outro, de novo! Olhou à frente, apenas o horizonte... Ventava e fazia calor, mas ela não sentia nada, além dos pés doloridos pela caminhada. O dia já começara com algumas novidades e desafios... A mudança na rotina - acordar cedo, caminhar, conhecer pessoas novas e adaptar-se à nova realidade. Além de tudo isso, agora esse encontro...! As coisas pareciam ter voltado ao normal. Ou o que ela entendia de normal: nada de carinho ou beijos, atenções ou rapapés adicionais. Isso a entristeceu e fez com que retornasse à sua autodefesa, mesmo que momentaneamente. Trocaram algumas palavras ásperas no início, mas foi só o tempo de ele insistir em seu sorriso. Ah... o sorriso dele! Lembrou-se de quando haviam se conhecido: era só o que ele conseguia fazer, então: sorrir... parecia que as palavras morriam-lhe na garganta e permaneciam lá. No coração. Retornou de seus devaneios, meio que a contragosto. Pra que pensar nisso a

Do olá e do adeus

Músicas das quais me lembro imediatamente: "She says: Hello, you fool, I love you!" e "Hello, Is it me you're looking for?" E ponto, acabou.

Na tabuleta dizia:

Algumas ausências e falhas depois, cá estou.  Mas o que precedeu o agora me impede de prosseguir.  Como continuar e perder o que já houve?  Dias marcantes, fatos inusitados, eventos e pensamentos.  "Volto já."

Capitulação

Atravessou a rua pensando no que viria e veria dali a pouco... Pensou mais uma vez e ainda outra: que estou fazendo? Culpa? Não, em absoluto. Nada disso mais o atormentava. Há muito esse sentimento já não tinha espaço em si. Apenas tentava compreender a natureza dos sentimentos que o dominavam e moviam. Acreditava em sinais ou forçava-os? Fato ou mito, lá ia ele, ao seu encontro. Daquela que nunca havia deixado de estar consigo, ainda que não a alcançasse. Era dela que se lembrava quando fazia o trajeto para o trabalho, quando se deitava em sua cama fria ou quando acordava com uma sensação de vazio... Era com ela que sonhava - e eram ilimitadas suas fantasias! Mas por que? O tempo passara. As coisas mudaram - será? Em que medida? Só agora podia reconhecer que evoluíram, ambos. E no entanto, ao vê-la do outro lado da rua... Onde o passado ou o presente? Não era sempre assim, em suas lembranças? Nada do que um homem esperaria de uma mulher. Para ele: encantadora! Era ao seu coração que

Mais uma vez amor

Tá bom, tá bom: eu já entendi! Se é assim tão incontrolável, tão imprescindível... Não vou te reprimir, tá bem? Fique à vontade, olhe, vasculhe, descubra...! Faça o que realmente quer! Posso falar? Não vai adiantar! Nada vai modificar, o que definido está. Pelo tempo, pela vida, pelo o que é e pelo que somos. E que seja...!

=)

A má vontade, os passos arrastados, a obrigação. O vento no rosto, no corpo - já frios. A conversa protelada e o sentimento represado: explosão! O pranto emerge, atropela a razão e o pudor. Que importa? O ósculo desejado e o abraço apertado, as mãos e os dedos: encontro! Buscam-se e acham-se e esquecem-se de tudo: o que era mesmo? Então o sorriso, há tempos esquecido... A cabeça no peito, a pele no pelo, os dois. A noite, o sono, o sonho, o dia. Amor.

Sábado

Lá vou eu de novo, morro abaixo... Nada disso, é só algo que me veio à mente agora! Eu me recuso e me esquivo.  Na verdade, eu fujo o tempo todo. E encaro e finjo ser forte. Mas choro escondido nos meus sonhos. E fico sentada sozinha no banco da praça.  Já não me reconheço. Algum dia eu me soube?

Recadinho do coração

E então eu estava cheia de ideias.  Ou pelo menos julguei estar.  Depois de um dia semiemudecidaa, a mente costuma fervilhar bastante.  Os dedos tornam-se nervosos, ligeiros, ávidos por registrar tudo que passa rapidamente por meus pensamentos. É fato: não consigo.  O dia passa, as horas vão-se, esvaindo-se em coisas aparentemente úteis.  Ou não, apenas uma questão de opinião.  Tento mais uma vez abstrair. Desligar-me das coisas que me irritam, mudar meu padrão de pensamento - recomendações médicas. Ledo engano.  A tecnologia alcança-me, esfrega-me no rosto sua obsessão! Oi? É, pois é: parece que sou mesmo objeto de análise! - estou tentando não ser deselegante... Mas já chego ao limiar da minha tolerância e compreensão... Posso ser mais expressiva, bem mais direta, caso seja necessário.  Tudo depende do estímulo! Entendeu?

"Inda lembro..."

Agora várias coisas, pensamentos vãos. E, no entanto, nada. 'Pés de zumbi' - quisera eu que fosse todo o corpo! Assim estaria também desprovida desses pensamentos... (?) Pode-se culpar os hormônios? A respeito de tudo e de nada, pra variar! Acho boa essa ideia... Alguma outra? "Sem mais para o momento" - evadiu-se!

Para Maradona

Quando ele chegou, era o mais bonitinho - seu 'irmão' parecia um ratinho! Lembro-me de apelidá-los de Pink e Cérebro, numa referência ao desenho animado de mesmo nome. Mas eles sofreram transformações, quase mutações, cresceram.  Ambientaram-se, conquistaram seus respectivos espaços, algumas vezes às custas de muita briga...  Mas ficaram, afeiçoamo-nos a eles.  Os apelidos perderam o sentido: Maradona e Luan, seus respectivos nomes - depois de algumas mudanças! Irritava-nos muitas vezes Maradona, pulando o muro e depois não conseguindo voltar! Quantas idas à casa da vizinha buscá-lo, após um devido castigo? Ele não se emendava e a família revezava-se naquela tarefa maternal... Estava sempre se esfregando, 'gritando' e grudando-se, quando era para sair! Ai! - mas não são todos assim? Então um dia ele não voltou. Da casa do vizinho, de suas andanças noturnas ou aventuras perigosas - agora bem o sei! Tentou, mas seu limite foi o portão, onde o encontramos... Molhado, hir

¿qué pasa?

Sempre quis escrever isso, agora na minha nova versão pseudopoliglota, experimento. Porque esta minha intolerância? Quando penso que tudo já foi superado, ei-la de novo: a ira! Ah, vou escrever mais nada agora... Deixarei que ela me consuma, só um pouquinho... Recrudesça até que meu grito exploda, ainda que silencioso. Grito agora - não ouves? Tens o dom de ignorar-me, bem o sei. Tanto faz: passou.

Sobre minha nova cara, sem rosto

E então eu decidi mudar. Depois de um certo comentário numa entrevista de trabalho(!), passei a reconsiderar-me, enquanto imagem. Não só em relação a isso, mas principalmente, no que se refere a aqui. Afinal, que imagem é esta que estou passando de mim ou do que escrevo - ou tento? (pausa para dar registrar que Cássia Eller, cantando Djavan, é agora a trilha sonora...) E percebi-me menos que gostaria, mais que deveria. Em que aspecto? "Lúdico". Foi a palavra para me categorizar (para não dizer rotular). Não que eu me importe em ser mesmo esta "menina palhaça". Mas não sou só isso. E decidi deixar de sê-lo, ao menos um pouco. Por isso a nova cara, em que minhas memórias deixam de ser públicas. Pelo menos aquelas que me são mais caras. Trocadilhos à parte, sou eu mesma que dou as caras. E as escondo quando o que importa são as palavras. E a imagem? Fica no imaginário de cada um!

O chamado da lua

Saiu sem destino. Ao menos para os outros. Para si, sabia que o destino era somente um: aquele ditado por seu coração. A lua muito contribuía naquela noite: acendia de novo sua alma, deixando a noite quente e clara, perfeita para uma caminhada! Pensou em todas essas coisas e seguiu. O sabor, gelado e doce, inspirou-lhe a correr um pouco mais: tomou o ônibus que parava no ponto. Sentia-se assim como uma aventureira, livre e finalmente desperta. A música dava o tom de seus sentimentos, mirando mais uma vez a lua. Linda, amarela, agora distante em função do caminho escolhido. Sem melancolia, apenas em sua própria companhia. De repente, um mundo de possibilidades; o desejo inicial prevalecia. Uma imagem destoa e assusta a aventureira: fogo na serra! Sim, o vermelho tingia o negro ao longe e era triste de se ver... Da mesma forma que surgiu, desapareceu, mas deixou sua fúnebre lembrança. O trânsito trouxe-a de volta à realidade, agora ao som de guitarras e batidas nervosas...

Meu trânsito emocional de hoje

Ah, tá bom, eu não estou mesmo com vontade de nada. Mas me lembrei de como fico indignada com a falta de educação dos motoristas daqui de BH. Não vivo e convivo com o trânsito das outras cidades, capitais etc para saber como é, mas aqui está um horror! Toda hora eu quase sou atropelada, atravessando a rua na faixa de segurança, com o sinal aberto para o pedestre! Dá pra aguentar? Nessas horas me lembro de como é bom eu não ser uma motorista, não ter que lidar com essa falta de educação e de consciência coletiva generalizada! E poder ir e vir, sem a escravidão do carro. Mas deixemos as lamúrias de lado. Hoje é um dia, mais um dia, como qualquer outro dia. Exceto pela minha falta de vontade extrema. Seria, afinal, a tão famosa ressaca? Vários fatores corroboram para isso, além da sua ausência física e presença eterna...

Em 140 caracteres

Já que são quase cinco mil, por que não?  e quando tudo perde a graça e nos dizemos adeus, ele fica ali, na mão, na boca, grudado... e pensar que eu nem acreditava em nada, nada que não partisse de mim ou por mim... egoísta que fui, esqueci-me que você viria, de qualquer jeito! e quando eu, acostumada que estivesse, você iria, de todo jeito... e então se fez o silêncio, porque todas as palavras já tinham sido ditas e a urgência agora era pelo seu beijo... não um beijo qualquer, mas o beijo que há tempos era esperado e urgia em si... por que os pés estão frios, se as meias existem e estão bem aqui, ao alcance das mãos?! mas não você... vou esgotar-me, exaurir-me e extenuar-me até que nada mais reste além de um sono incontrolável e a vontade acordar no amanhã, CEDO, enfim... ok, retrato-me e explico-me: o despertador não tem nada de poético, mas tapas na cara podem ser muito instigantes... eu preciso e quero! procurando mil palavras pra dizer coisas que nem valem a pena...! &quo

As deselegantes da moda

Chegou ao café, para o encontro, no mesmo momento que a desconhecida, que efusivamente a cumprimentou. Gostaria de ignorá-la, mas seria imprudente. Aproximaram-se da mesa, onde a outra já esperava pelas demais. Novamente a desconhecida – agora conhecida – foi efusiva. E novamente foi tratada apenas com educação. A agora conhecida notou a falta de entusiasmo das duas e sentou-se, de frente pra elas. Prontamente as conhecidas de algum tempo entabularam uma conversa, animada. E excludente para a que chegara por último. O assunto? Moda, roupas, sapatos, blogs e afins. A novata – ela será assim nomeada daqui por diante – percebeu a exclusão e em vão tentou participar. Elas tinham afinal conseguido: ignoravam-na. A novata não se fez de rogada: sacou seu inseparável bloquinho de notas e caneta e ensaiou um texto. O título não poderia ser mais apropriado: “As deselegantes da moda”! A novata incorporara o termo pouco elegante de um amigo, que assim xingava educadamente seus desafetos. El

Carpinejando e carpindo? Sorrindo...

Numa noite de terça-feira como qualquer outra, depois ver a ainda diva Catherine Deneuve na telona, resolvi prolongar o bom humor (pós amor) e dar uma esticada até o Palácio das Artes. Embora as atrações fossem tantas - exposições, declamações de poesia, concerto de filarmônica, cinema -, o objeto de meu interesse quase que se escondia por trás dos jardins na Sala Juvenal Dias. Seria intencional? Impossível saber ou responder, mesmo agora. Quem, como, onde, quando, por que? Meu interesse perpassava e ultrapassava o jornalismo... Fabrício Carpinejar é seu nome. Figurinha muito in: incomum, indescritível, indizível, inenarrável, que despertou minha curiosidade e conquistou para sempre minha admiração. Porque simpático ele não é. É lindo. Do avesso. Borralheiro? Qual nada! Mais Cinderelo, entretanto, impossível. Sentia-me parte daquele seleto (mas que elitismo foi esse? argh!) grupo de amantes da cultura, da literatura, da comunicação de fato e de direito, afinal. Quisera estar a trabalho

Surreal

Então parece mesmo que está dando certo... Depois de uma noite insone, em que ideias maquiavélicas rondaram-se sem descanso, desperto... Ah, mas a vingança é feia - alguém ensinou. Ok, eu sei, também acho. Os apelos eram tantos que quase me deixei arrastar! Pra completar, desculpas esfarrapadas ao acordar, apenas pra fazer recrudescer meu desgosto! Não: tomo um copo d'água lentamente e vou dissolvendo este fel... Boas intenções enchem o ..., mas sou salva por uma mão invisível, via e-mail. E por um ataque de bom senso, muito estimulado pelas estatísticas atuais. Dalí que se cuide...

Não

Não, hoje não é um bom dia pra isso. Ou pra qualquer coisa que o valha. Então deixemos pra outro momento, ok?

Reflexões da sala de banho

Só porque sala de banho é mais bonito que banheiro, mas o local é o mesmo...  Das coisas em que penso enquanto lá estou, seja no banho propriamente dito ou em outras atividades.  Talvez por ser lá o lugar em que só estou, sem nada nem ninguém que interfira.  Este deve ser o motivo de tantas divagações entre as frias paredes azulejadas (no caso brancas): a necessidade premente de estar sozinha, no meu mundo, com meus pensamentos.  Somente eu.  Sem "isto ou aquilo" - sem Cecília também.  Aliás, tenho tanta necessidade dessa presença literária... ainda que não consiga me concentrar por cinco minutos que sejam no que não seja virtual, nestes últimos tempos!  Isto tem me dado nos nervos - como se eu já não tivesse uma natureza fervente por si só!  Eu que bem quereria ser também chamada de "Sereníssima", como a nova princesa de Mônaco!   (pausa para enfim colocar meu novo olhar lilás: que urgência foi essa?!)  Qual nada, descobri há pouco que sou tensa, ai de mim...!  E

Olhar lilás

Eu queria mesmo era mudar tudo, a começar pela imagem. Sem habilidade ou dinheiro para tal, vou seguindo da mesma forma. Por ora. Hoje resolvi dizer a que vim, pelo menos para "um certo alguém"... Isso me faz pensar na música e outras coisas - segunda mente. Mas não era nada disso que eu ia escrever... O que era mesmo? Já nem sei, mas o negócio das redes sociais me deu ganas de extravasar; o "Abduzido" também (obrigada)! Ah, como eu tenho preguiça de certas coisas e pessoas, ultimamente... Como se eu pudesse, bem sei! Quisera eu ser assim tão... tão... interessante e boa! Mas não sou, então ainda aturo esse palavrório que não me atrai em nada ou essas 'coisas' todas, tão desinteressantes! Ou não. Ando falando umas verdades, guardando outras tantas pra mais tarde, caso seja necessário. Porque tudo tem a hora certa - fato. Não duvidem, eu posso dizer. Mas me calo... E falo. E escrevo. Sigo falando e escrevendo, ainda que tantas bobagens! Mas não obrigo nin

28 de junho de 2011

Poderiam ser várias coisas, mas é apenas isso. Ou tudo isso. Eu neguei, eu evitei, eu bem que tentei. Afastei-me, procurei não pensar. Mas veio. Todos os dias, especialmente à noite: é nos sonhos que sempre vêm... O que? A verdade, ou as mentiras que contamos pra nós mesmos. Muitos pensamentos, idas e vindas e aqui estou: no mesmo lugar, embora distante. Nada que eu fizer vai mudar o tempo que passou, a história que mudou ou a pessoa que hoje sou. E que somos nós, afinal. Eu aqui. Você aí. Não me iludo e não se iluda também. É hoje. Como será o amanhã, como foi o ontem e como serão todos os dias, um após o outro. "...é mais um dia, é mais um dia! Tanto faz! Tanto faz o querer, tanto faz...!" E então o pranto, os olhos vermelhos, o cabelo desgrenhado e as palavras ao meu redor.

Instântaneos

eu sei que sou... mas às vezes me falto! depois de sabatinada, resolvi pensar a respeito: por que este meu eu, afinal?! agora as ideias não vêm, não me veem... passo também, mas só desta vez!

Para você

Este post é para você! É, você mesmo (a): que me acompanha, que quer saber dos meus passos, dos meus sentimentos, dos meus pensamentos, das minhas atitudes e até das minhas companhias...! Talvez você não descubra o que procura ou goste das respostas, mas esta sou eu. Também gosto de saber as pessoas que me rodeiam: seus sentimentos, pensamentos, sua vida... Mas só até o ponto da descoberta, não da insegurança... Não está entendendo nada? Ah... eu sou assim mesmo: paradoxal e contradítória, às vezes! Mas tento viver cada momento, cada dia, cada pessoa da minha vida com intensidade. Eu não quero uma vida que não é minha nem tento ser quem não sou, eu vivo. Não me baseio nas pessoas, mas em seus exemplos; eu tento ser um pessoa melhor a cada dia. Se, ainda assim, continuo despertando seu interesse, eu agradeço! E até a próxima! ;)

Cotidiano

A cabeça dói todos os dias, analgésicos já não dão conta de tanto desequilíbrio! Ela passa a mão pelos cabelos, esfrega vigorosamente os olhos e o rosto, na tentativa de afastar a dor, os pensamentos, as lembranças... Ou sua atual falta de ânimo para a rotina que se instalou. Não há realmente motivos que a levem a tal estado, mas também não há explicações racionais para qualquer sentimento, há que se salientar esta máxima. Ou mínima, pura filosofia barata de esquina? Ela tenta de novo: senta-se à frente da tela de cristal líquido e espera por uma resposta, por um sinal. Nada divino, é claro. Não sai nada, só divagações, especulações, fuga virtual. Outra hora são os barulhos e a rotina caseira que lhe roubam a concentração, quiçá a inspiração! E como trabalhar assim, sem inspiração?! Ela reflete que tudo não passa de disciplina e exercício diário, pronto! Volta ao blog e tenta mais um pouco. "Agora já está bom", ela parece satisfeita com as parcas linhas. Volta para a ou

Acabou

O pão integral. O creme de calêndula. O sabonete. O manjar branco. O pó compacto. A salada de feijão. O "ano novo". A semana. A sexta-feira 13. A empolgação.

De vida e de morte

"QUEM MORRE? Morre lentamente Quem não viaja, Quem não lê, Quem não ouve música, Quem não encontra graça em si mesmo Morre lentamente Quem destrói seu amor próprio, Quem não se deixa ajudar. Morre lentamente Quem se transforma em escravo do hábito Repetindo todos os dias os mesmos trajeto, Quem não muda de marca, Não se arrisca a vestir uma nova cor ou Não conversa com quem não conhece. Morre lentamente Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, Justamente as que resgatam o brilho dos Olhos e os corações aos tropeços. Morre lentamente Quem não vira a mesa quando está infeliz Com o seu trabalho, ou amor, Quem não arrisca o certo pelo incerto Para ir atrás de um sonho, Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos... Viva hoje! Arrisque hoje! Faça hoje! Não se deixe morrer lentamente! NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ!!!"                                                                        (Martha Med

Desabafo

Não tá acontecendo nada: só acontece mesmo quando estou desprevenida. Com dificuldades agora de ultrapassar a barreira dos 140 caracteres, por motivos vários. O que eu quero escrever não se externa, não se verbaliza, precisa ser racionalizado! Será? Sentir é algo que está longe de ser racional! Quero o sorriso, o olhar, o frêmito de te encontrar e não saber como me comportar... Quero a adolescência dos meus sentimentos e maturidade de ter!

Emoções por mim mesma

Existem coisas que são boas de se ver e coisas boas de se ter. Essas coisas podem ser de vários tipos, até mesmo de pessoas. Como saber quando vale mais ter que ver? Ou que o ver vale ter? Eu quero, ver e ter. Quero escrever e dizer e outras palavras com a terminação ER. Não necessariamente vai fazer sentido, bem sei. O que eu quero mesmo é viver!

insônia

querendo mudar tudo por aqui: já cansei dessa minha cara lambida, dessa vida em preto e branco...!

Muito apropriado

"Quero dizer Que não posso mais sofrer Se eu errei fui castigado Assim é que não pode ser Longe de você Abandonado... Pelas ruas da cidade Três dias de saudade O meu peito suportou Agora ouvindo a sua voz Eu sinto que entre nós Tudo recomeçou."                                                  Paulinho da Viola

De novo

A minha idade cronológica às vezes me assusta e oprime. E aí eu penso de novo... Por que? Foi a visão daquele anel naquele dedo: fez-me pensar noutros anéis e dedos. E na calça e no comentário e nela e no sonho! Pensamentos sem fim!!! Como é que se para de pensar???

"Think! All right!"

Eu fico pensando e pensando, o tempo todo. Às vezes, passo parte da noite a revirar-me na cama... Pensando. Em coisas que não queria sentir e sentindo coisas nas quais não queria pensar. Agora, no bar, cruzei um olhar. Será que também me olhou? Ou fui eu que imaginei e pensei tudo isso? Os sons que vêm de longe, não os distinguo: não presto atenção a eles, estou pensando. Pensamento de agora: Antes, noutros tempos, vendia-se balas, chicletes. Agora o vendedor oferece chips: sinal dos tempos, tempos "modernos"! Volto a pensar, agora no que escrever... e pode isso? Então observo... O rapaz tatuado, de óculos, que adentra o bar, tem o mesmo estereótipo. Então volto a pensar... E a observar... Pessoas vêm e vão, entram e saem. Em que elas estão pensando agora? Se é que se dão conta que, mesmo sem querer, estão pensando. Aos pensamentos não se controla, muitas vezes é justamente o inverso: eles é que nos controlam! "Cigarro só em dinheiro"; &quo

Perdas e danos

Perdi mais um poema. Tava prontinho, na minha cabeça. Na hora em que me deitei, no escuro. Construi-o e dormi, cansada que estava. Não me levantei para registrá-lo. Acreditei na memória... Ledo engano! Será que ele volta???

Conselhos de gente velha

Sabe aquele papo de "use sempre filtro solar" e outras coisas do tipo? É mais ou menos isso mesmo... Acredite no amor, não em fantasia! Não se fie muito nas palavras, elas funcionam de acordo com a ocasião e o interesse momentâneo. O comportamento e as atitudes costumam ser mais confiáveis, especialmente se forem espontâneas, involuntárias. Desconfie de promessas ou sonhos de longa duração: mesmo que durem por um tempo, eles provavelmente não sobreviverão ao dia a dia. Acredite, amor que não tem manutenção, tem prazo de validade. A realidade não é cor-de-rosa e são necessárias muitas outras nuances pra sobreviver à rotina. Não procure realeza entre os plebeus e nem acredite em contos de fada: definitivamente, eles não existem! "Acorda, Alice?!": enquanto você espera pelo beijo do seu príncipe encantado, que vai chegar num cavalo branco pra te despertar, ele pode estar dormindo confortavelmente, na cama de outra! Viva a vida real, de pessoas reais, palpáveis

Notícias

Esperei por uma resposta: ela não veio. Esperei por um decisão: ela não foi e nem será tomada, ao que parece. Esperei uma ligação, uma mensagem que fosse: não recebi. Esperei por você: não existia mais! Surpresa, agora! Chegou um e-mail!!!

Palavras

Sentiu falta da imagem? Pensei nisso agora. Mas as "figuras" já são tantas por aí! E os sons e o movimento e tudo o mais! Fico mesmo com as palavras. Assim não emudeço por completo.

Ligações

O telefone toca de manhã, quase todas as manhãs. E a acorda, quase sempre que toca. Seu humor tem leve alteração, mas ela tenta voltar a dormir, quase sempre consegue. Ela tem esperado que um desses telefonemas seja para ela. A esperada ligação. Nunca foi, até agora... Os sonhos que ela tem são muitos, passíveis de realização ou  não. Aqueles do mundo de Morfeu, então, se tornam mais bizarros a cada dia que passa! Ontem: ficou presa no elevador por 30 anos e quando saiu encontrou a casa da mãe pronta, afinal! Hoje: era seu aniversário e ela não tinha ainda um quarto decente na casa; os supostos convidados chegavam para uma suposta festa, mas nem sabiam que era seu aniversário; ela chorava, por conta de toda a situação... Ufa, acordou! Quase sempre acorda quando o sonho é muito perturbador. Na quase totalidade das vezes, o sonho permanece como uma lembrança ou uma impressão durante o dia, ou até por dias. Ela se impressiona, com quase todos os sonhos e sempre pensa que tem algum sen

Dom de iludir

Certas coisas ainda me assustam, principalmente eu mesma. Minhas reações ante situações absolutamente corriqueiras e esperadas. Os sentimentos que afloram e aqueles que desaparecem. Uma avalanche de contrariedades somada a hormônios pululantes. As dores e as delícias de ser o que é: as dores estão prevalecendo.

Uma conta pra pagar, alguma chuva, super-herói e outras coisas...

Tá... eu nem queria escrever! Ou não tinha mesmo uma ideia para isso. Não que a falta dela agora seja empecilho, tal a necessidade deste hábito tem se tornado para mim! Ademais, eu estava sem meu "equipamento" adequado... Mas aquele chinelinho solitário, meio preso à porta desativada da agência bancária, chamou minha atenção! Um pé apenas, na verdade de uma sandalinha infantil, provavelmente de um menininho de tenra idade - tinha uma estampa do "Homem-Aranha"! Como e por que aquela sandalinha fora parar ali??? Ok, havia até sinais de ocupação humana no entorno... Mas não se pode mesmo chamar aquele espaço físico de casa, até por respeito às condições mínimas e dignas de sobrevivência da alguém, quiçá uma criancinha! Pus-me a especular, então... ... Refeita da abstração, sem sucesso, entreguei-me à leitura mesmo! Os imperativos daquela hora impediram-me de continuar os devaneios; outra hora eu conto que foi que se passou com o "Homem-Aranha"...!

Dez em Quando

Quando penso que chego, volto. Quando penso que estou, fui. Quando penso que não, sim. Quando penso em você, eu. Quando penso em nós, AMOR.

Decimal

E então eu resolvi terminar de ler o livro esta noite. Na verdade, a noite já era, às quinze pra uma da madrugada! Tratei logo de acomodar-me melhor na cama, calcei minhas meias de malhação, acendi o inseticida elétrico - os pernilongos aqui são verdadeiros mutantes! - e abri a janela para que o ar circulasse, ao menos um pouco. Já que a ideia assaltou-me, não resisti e rendi-me, humildemente. Não que a leitura estivesse assim valendo o esforço, mas a verdade é que minha vida anda mesmo uma porcaria e era algo que eu podia fazer, efetivamente! Sem dinheiro, sem trabalho, com uma vida social reduzidíssima, pouco ou nada sobrou, que realmente empolgue a mim ou a qualquer outra pessoa. Exceto quando O encontro, verdade seja dita! Mas e o resto da minha vida??? Foi-se aquele tempo e aquela ilusão de que isto bastava: viver numa bolha romântica! E graças sejam dadas: eu caí em mim, ainda que forçosamente! Mesmo que hoje existam tantos e quantos apelos e tentativas e manobras de faze

Festa da carne por aqui...

De novo, a mesma história: deito-me pra dormir e alguma insônia, agora constante, ataca-me! O que me vem então são palavras, frases perfeitas, pseudopoemas ou similares que tenho vontade de logo escrever! Mas qual o que! Invariavelmente o sono vem a cavalo - o traiçoeiro! - e quando acordo, cadê?! Revolta pura, nem me lembro das palavras que na madrugada povoaram-me a mente! Agora que tento, minha mão coça (dinheiro? não, bobagem mesmo!) e ideia mesmo que é bom, neca! Este carnaval está sendo daqueles! Tédio, chuva, excessos sem fim e bloqueio criativo: chorei! Sem nada que realmente valha a escrita, vou inventando, gastando as letrinhas... Notícias de samba em cidades acolá e lembro-me vagamente do tempo em que eu era assídua frequentadora do ritmo por aqui! Parece-me um tempo distante... E que reminiscências são essas?! Quer saber? "Vou beijar-te agora (quem???), não me leve a mal, hoje é Carnaval!" E amanhã tem desfile no bloco e macarrão!

Vazios

Espaços vazios, agora cheios d'água. Água que cai, que corre e escorre... Intermitente e às vezes inclemente. Os vazios, então, ficam cheios e transbordam. Inundam, até. Desmentem aquela pretensa tolerância. Lavam, mas também desabam e arrastam. Provocam estragos e óbitos. Estragos remediáveis e óbitos irreversíveis. Vazios não deviam existir, pelo menos não assim. E água continua a invadir... Quando ela se for, o que restará?

Prazeres permitidos

"O inesperado está sempre à espreita": esta frase é de um filme que assisti dias desses - muito bom, inclusive. Agora não estou recordando seu título, apenas que tem o ótimo Morgan Freeman no elenco, exibindo seu talento de sempre. Ok, sou fã dele sim. Porque eu sempre o assisto em filmes sensíveis, sem pieguismo. O Google acaba de ajudar-me: "Banquete do amor", de 2007. O filme surpreende, ainda mais quando se pensa neste título! Mas esta não é uma crítica cinematográfica, embora eu até pudesse fazê-la. Não é a proposta. Era sobre como um bolo de chocolate numa segunda-feira à noite pode ser um pecado perfeitamente cometível. E comível! E foi isso que fiz, também na quinta à tarde...! Resultado ou não, o saldo da dieta na semana foi frustrante, aff! Administrá-lo-ei, fazer o que? (uiii!) E pra que tudo isso, afinal? Pra que tanta rigidez e tão pouco prazer? A que isso vai me levar, se não ao estresse? Ok, ok, não estou justificando minha derrapada. Apenas permi

Taciturna, diurna e noturna

E então fez-se o texto. Ou pelo menos tentou, pois estava prontinho na minha cabeça ontem, ou melhor, hoje de madrugada. Lembro que havia um título, sugestivo. E em seguida a ele o texto fluiu, completamente. Fui pensando e escrevendo mentalmente as palavras. Mas não tinha como escrever na hora, problemas técnicos. Assim como os que há algum tempo tem acometido-me. Por isso a ausência. E que foi que houve? Cadê que me lembro do título, do texto fluido? Lembro-me vagamente da ideia, do porquê da inspiração na madrugada insone na cama. Mesmo depois de um momento beeeemmm relaxante! Mas dormi, acordei, sonhei, fui acordada, de novo e de novo. E as palavras esvairam-se, do mesmo modo que vieram... Agora estou assim: há procura de algo... Na verdade de alguns algos, que possam preencher este vazio, esta sensação de impotência, quiçá incompetência (outro dia um ator mirim citou esta palavra numa entrevista, lembrei-me dela e resolvi usar! - abistração)! Acredito mesmo que poderia estar f

Promessa

Vou tentar não me deixar vencer pelos obstáculos. Rotina e disciplina, é só disso que necessito. Lembro-me de ontem, das ideias que surgiram. Das crianças na praça, das pessoas que vi vivendo. Das palmeiras e da minha angústia. Da vontade de escrever e da impossibilidade... Da presença e da ausência. Do silêncio e do barulho... Do meu grito de socorro: você ouviu?

Fuga de domingo

Ando a esmo, apenas caminho. Olho eventualmente para um ou outro transeunte, assim como eu. O casal frustrou-se em sua empreitada, a locadora de filmes e a agência bancária estavam fechados. Motivo: alagamentos provenientes das chuvas do dia anterior. E agora, este sol quase incandescente! Aff... Acho que São Pedro anda muito temperamental ultimamente, pra não dizer mal humorado! E lá vêm dois homens. Na verdade, um homem e um quase homem. “Two and a half man”, ou melhor, “One and a half man”, neste caso. Parecem ser pai e filho. Cada qual com sua sacolinha, produto das compras no shopping, provavelmente. Tenho a mania de tentar adivinhar qual a ligação entre pessoas assim, quando as vejo. Fico tentando encontrar os sinais genéticos, as semelhanças físicas que comprovem ou não meu momento especulativo. O rapaz segue à frente, como que a demonstrar independência, maturidade. O homem, atrás, traz o semblante carrancudo. Identifico a proeminência nasal de ambos: pronto, são pai e fil

Sem ideia

Há dias não apareço. Ainda assim continuo fazendo um "enorme sucesso" lá fora! Isso ainda me assusta, mas talvez eu esteja apenas sendo pretensiosa. Afinal, existem outros possíveis interessados. Será? Se sim ou se não, provavelmente eu nunca saberei. E qual o interesse, afinal? Parece serenar lá fora, eu sinto algum ventinho incômodo, mas deixo a janela aberta. A luz já acendi porque o quarto é escuro, a maior parte do tempo. A criança do vizinho grita e deve espernear, a julgar pela iminente birra infantil. Um fã de música com gosto duvidoso pretende que participemos de sua sessão musical... Já li livro, jornal, coloquei os assuntos digitais em dia e agora finalmente escrevo, se assim pode ser denominada minha tentativa. Agora minha mãe dá instruções ao gato de como se comportar, como tratar do seu desconforto intestinal. Acho que ele não entendeu, pois insiste em tentar vomitar sem "comer o matinho antes". Só espero que não seja no degrau da escada de área,

2-0-1-1=4!

Não entendi nada deste mal estar agora: que foi que eu fiz, além de almoçar e comer um 'romeu e julieta', às 13h? Ah, tá! Depois disso eu li e dormi...! Mas e daí? Eu nem ligo pra isso, porque já é o ano em que tudo vai ser fantástico! Aliás, já começou!