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Mostrando postagens de dezembro, 2010

Os 37 e os 25

Doze anos de distância! Nunca pensei nisso e nem precisei. Porque você superou tudo, toda essa possível distância. E eu simplesmente me esqueci, cansei de te burilar... Como se me fosse permitido! "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"! Como se tu fosses um aquilo! Haverá perdão? "Com muita saudade, busquei-te onde podia... Descobri-me tão centrada em mim mesma que nem te percebi! Nossos anos novos vieram e nem nos soubemos! Onde, você?"

Como diria Gil...

Por mais normal que isso possa parecer, ainda me espanto com minha visibilidade. Só há poucos dias tive a exata dimensão de como nos tornamos pseudodisponíveis a qualquer um mais ou menos afeiçoado ao mundo digital! Confesso ter me causado surpresa tal interesse... Agora sou eu quem me interesso: quem, como, quando, onde?! E não é pra isso que eu escrevo, afinal de contas? Ora bolas! O mundo nada mais é que uma grande vitrine, onde estamos constantemente nos expondo, vendendo nossa imagem, nossas ideias, nossos eus... (isso me soou tão clichê e canastrão, argh!) Voltemos às divagações e transpirações sem pretensões, melhor assim! "Óia eu aqui de novo"!

Só na plenitude...

Sem palavras que descrevam meu ano novo. Acordar da melhor forma que se possa imaginar... Sorrir e sorrir! Dormir, sem compromisso com nada... Almoço bom, chocolate e Kirikou - fofo! Notícias boas e perspectivas positivas. Paz, afinal... E vai-se este tempo, para que o novo se instale! E que venha, que seja!

Ha-ha-ha

Eu rio de você. Da sua ingenuidade. Da sua imaturidade. Da sua ilusão. Da sua vida de mentira. Dos seus contos de fadas. Do sua falta de paz. Da sua procura. Da sua distância da verdade. Eu não pertenço a isso. Eu só rio de você e dos seus delírios.

Chuva de verão

Chove, muito. Mais lá fora, embora tenho chuviscado aqui dentro. Agora não mais. Foi uma chuva fina, chuva de verão. Daquelas sem porquê nem pra que, só pra refrescar. Não que eu estivesse precisando. Mas às vezes não nos damos conta... Quando percebemos, a chuva caiu! Pelo acúmulo de umidade, excesso de calor. Mas não houve calor, não o verdadeiro. Apenas o momento. Continua chovendo... Que caia a água, que molhe o chão, que lave tudo! Que limpe e retire tudo de mim. Não quero mais lembranças ou resíduos. Palavras ao vento, sem sentimento. Quero a vida, plena! ANO NOVO!

Sem título que me satisfaça

Chuva fina pra começar. Palavras pra me acalmar. Um filme na tv, eu no escuro... O sono me vem, afinal? Continuo confiando nelas - as palavras. Vai haver sol? Fará calor? Um vestido novo e outro ainda! Bocejos em família: Morfeu? Os gatos brigam no quintal, tem chuva não! Olho o relógio: agora falta pouco... - já é! Primeiro post de ano novo!

Ano novo

Primeiro houve um plano. Depois desisti. Aí planejei uma ideia nova. De novo desisti... Queria mesmo era fugir, sumir, me reinventar! Aí veio o convite! Anh? E agora? Medo, ansiedade... Mais planos e mais decepções... Ao invés de me reinventar, ressuscitei eu velhos e obsoletos! É o resto do inferno astral? Que venha o meu ano novo: 37, agora só faltam 36 minutos!

Antes dele chegar...

Pessoas vão e vêm, apressadas. As cores são poucas: um ou outro vermelho, amarelo, verde. A massa quase toda opta pelos tons apagados e discretos. Por que? Necessidade de se misturar, de se diluir e sumir no todo? Vontade de ser UM e não O? Sou eu que quero os holofotes e não consigo compreender a discrição alheia? Não! Gosto mesmo é de ser eu, diferente dos demais, ÚNICA. Mas não porque deseje pra mim a atenção, apenas a distinção. Viva! Uma sandália verde fluorescente! Enfim, verão? Vejam, viram, VERÃO! Estação das cores e sabores! Ele chegou, enfim...

Paciência?

A lâmpada já não acende, só quando quer. Já cansei de tentar consertar, então agora fico mesmo no escuro. É um exercício. De adaptação, de tolerância, de resignação. Percebo que a lâmpada do meu quarto pode me ser um exemplo. De como às vezes é inútil tentar trocar a lâmpada. Ou cutucá-la com o cabo da vassoura, na esperança que ela acenda. É mau contato, da instalação. A solução é trocar tudo, toda a fiação. Mas isto não é possível agora, por várias razões... Vai adiantar me irritar, reclamar, perder a razão? Melhor esperar pelo momento em que as coisas serão possíveis. Agora eu espero. Beneficio-me da escuridão. A falta de luz tem sua beleza. Vejo meu rosto na penumbra, percebo nuances desconhecidas... Usufruo deste silêncio e desta falta de cor... Que venha o dia, com sua luz... E novamente a noite... Até que eu possa ter uma lâmpada que funcione!

Obviedade

O beijo e o susto. O susto do beijo. Não era pra ser nada disso. Mas aí acabou sendo. O beijo tornou-se obsoleto. O susto aconteceu. Do susto e do beijo nasceu o poema. 

Apropriação apropriada

Inspiração dos meus sonhos, não quero acordar... Quero ficar só contigo, não vou poder voar! Por que parar para refletir, se meu reflexo é você? Aprendendo uma só vida, compartilhando prazer... Porque parece que na hora eu não vou aguentar Se eu sempre tive força e nunca parei de lutar? Como num filme, no final tudo vai dar certo! Quem foi que disse que para estar junto precisa estar perto? Pense em mim, que estou pensando em você! E me diz, o que eu quero te dizer: Vem pra cá, para ver que juntos estamos E te falar, mais uma vez, que te amo! O tempo que passamos juntos vai ficar pra sempre...                                                                                                                                                 (Bernardo Faria / Conrado D'Ávila)

Ainda

Eu te dei uma chance. Duas, três, tantas mais... E quantas ainda serão necessárias? Eu fiquei acessível pra você! Então me percebe... Acredita-me, vê-me! Realiza e concretiza o que pode e deve ser!

Algumas considerações...

A ordem se inverteu e a orientação veio depois! A frase martela na minha cabeça, incensantemente... Saudade grande, que nem posso manifestar... Sol lá fora, dia lindo. Aqui dentro, ansiedade. Biscoito, broinha, amendoim: que mais? O que é necessário para superar? Imagino situações, procuro vestígios... As promessas não me seduzem ou convencem! Quero o impossível? Talvez... Esperança, ainda...

Domingo

O que fazer, depois de tudo tentar? A água acabou na caneca e minhas unhas grandes esbarram no teclado... Eu tento de novo: uma ideia, uma vida, um futuro. Nada parece muito promissor. Opto pela evidência, pela visibilidade, pela existência. O que acontecer primeiro.

Uma coisa é só aquilo que é

Um sorriso é apenas um sorriso. Ou pode ser mais: uma ideia na cabeça, uma lembrança na memória ou até uma maldade no coração. Um beijo é mais que um beijo. É uma vontade, uma palavra não dita, um carinho, um desejo, um estar junto. Mas é também só um beijo. Um momento, um instante, não uma eternidade. Inesquecível ou detestável, é aquilo que é naquela hora, naquele contexto. Um beijo é, afinal, só um beijo.

Coisas novas

Olhou para os dois lados antes de atravessar a rua, conforme sua mãe lhe ensinara na tenra infância. Apenas por precaução, já que a rua estava deserta há horas. Não se via veículo algum circulando, naquele feriado chuvoso. As pessoas e coisas pareciam adormecidas. Mas ela não. Sua cabeça fervia, suas pernas tremiam. Nem mesmo os chinelos calçara: pisava o asfalto molhado com os pés finos e nus, na tentativa de esfriar o sangue. Por que aquilo de novo, em pleno Natal? E que diferença fazia a data? Por acaso se escolhe o dia de sofrer um colapso? Coincidência ou auto-sugestão, a verdade é que todo final de ano era a mesma coisa: ela tentava se reconciliar com a família distante, mas em vão! Na última hora cancelava a viagem para Marliéria e ficava em seu apartamento, sozinha. Ia se sentindo mais oprimida a cada minuto e então saía. Às vezes pra rua, às vezes de si mesma. Naquele 25 de dezembro parecia que nada seria diferente. Ledo engano! Ao dobrar a esquina da rua Curvelo, ela nã