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Mostrando postagens de novembro, 2011

Qual é a música?

Rendo-me ao recheado: não é ruim... Nada mais adequado: "Gulosos"! As metáforas me assaltam, mas me falta agora o talento para utilizá-las... desisto! O preferido ainda é o melhor, mas o custo-benefício foi bem favorável. Sejamos práticos: essa é a ordem da vez. Oscilo entre o sal e o doce, esse último sempre vence, especialmente em momentos assim... Tudo parece reduzido à mesmice, as novidades já estão todas obsoletas e ultrapassadas. Inferno astral, tpm, estresse ou nada, na verdade. Vou me livrar dos rastros, dos resquícios e destes sentimentos rotos. Não estou a fim: Os Anjos - Legião Urbana "Hoje não dá Hoje não dá Não sei mais o que dizer E nem o que pensar Hoje não dá Hoje não dá A maldade humana agora não tem nome Hoje não dá Pegue duas medidas de estupidez Junte trinta e quatro partes de mentira Coloque tudo numa forma Untada previamente Com promessas não cumpridas Adicione a seguir o ódio e a inveja Dez colheres cheias de burrice Mexa tudo e

Quem dá tchau ao maquinista?

As paisagens passam rapidamente. Mas não tão rápido a ponto de perder os operários ao longo da linha de trem. Sinto-me novamente criança e não resisto: aceno. Eles respondem  e acenam de volta. Sorrio satisfeita e prossigo a viagem.  E a pergunta me vem: alguém acena ao maquinista?

Noturno II

A catarse de novo. As ideias pululando, atropelando-se. Mal consigo organizá-las! Perturbação. O livro. A pessoa. A luz debaixo da porta. Sono reprimido e acumulado e insônia. Agitação e ansiedade: o futuro aproxima-se - insisto e abuso da ênclise. A literatura insuflando-se mais uma vez. Eu fujo, ainda que a resistência não dure por muito tempo. Ou que a persistência vença. Deixo-me arrastar pelas letras, palavras, frases. Apenas transpiro. Não mais, na verdade. Fria. E passional. E obsessiva, obcecada. Arrepio na nudez: seria o pé na lajota encardida do quarto barato de hotel? As formigas estão por toda parte, farejando rastros e resquícios de comida. O quarto é sala, cozinha, banheiro, casa. E nada: impessoal, apenas uma vaga ocupada. Momentaneamente. Almejo pelo que não alcanço: o tempo. De onde vêm os cheiros? Para lá voltarão. O seu, onde está? Tanto mais o afasto, tanto mais ele me persegue. O agora grita em mim. E a sede é infinita. Boa noite/bom dia.

Transpiração de todos os santos

Então eu tenho tempo e dinheiro (?) pra fazer um monte de coisas que simplesmente não faço. Leio todas essas coisas extremamente estimulantes e não me estimulo. (esse gosto de soja com morango não combinou, vou comer um biscoito de sal: comi, não adiantou... seria bom um chá mate pra acompanhá-lo, mas sem possibilidades no momento!) Ando por ruas que agora me são familiares. Não enxergo ninguém, apenas vejo placas e possibilidades. Procuro por um entusiamo há muito perdido... (o bebê vizinho parece querer dar o ar da sua graça, soltando guinchos já um tanto altos; não resisto: acabo apelando pro bom e velho Danix - ah, meu Deus, onde isso vai parar?!) Nenhum santo me socorre.