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Mostrando postagens de março, 2011

Palavras

Sentiu falta da imagem? Pensei nisso agora. Mas as "figuras" já são tantas por aí! E os sons e o movimento e tudo o mais! Fico mesmo com as palavras. Assim não emudeço por completo.

Ligações

O telefone toca de manhã, quase todas as manhãs. E a acorda, quase sempre que toca. Seu humor tem leve alteração, mas ela tenta voltar a dormir, quase sempre consegue. Ela tem esperado que um desses telefonemas seja para ela. A esperada ligação. Nunca foi, até agora... Os sonhos que ela tem são muitos, passíveis de realização ou  não. Aqueles do mundo de Morfeu, então, se tornam mais bizarros a cada dia que passa! Ontem: ficou presa no elevador por 30 anos e quando saiu encontrou a casa da mãe pronta, afinal! Hoje: era seu aniversário e ela não tinha ainda um quarto decente na casa; os supostos convidados chegavam para uma suposta festa, mas nem sabiam que era seu aniversário; ela chorava, por conta de toda a situação... Ufa, acordou! Quase sempre acorda quando o sonho é muito perturbador. Na quase totalidade das vezes, o sonho permanece como uma lembrança ou uma impressão durante o dia, ou até por dias. Ela se impressiona, com quase todos os sonhos e sempre pensa que tem algum sen

Dom de iludir

Certas coisas ainda me assustam, principalmente eu mesma. Minhas reações ante situações absolutamente corriqueiras e esperadas. Os sentimentos que afloram e aqueles que desaparecem. Uma avalanche de contrariedades somada a hormônios pululantes. As dores e as delícias de ser o que é: as dores estão prevalecendo.

Uma conta pra pagar, alguma chuva, super-herói e outras coisas...

Tá... eu nem queria escrever! Ou não tinha mesmo uma ideia para isso. Não que a falta dela agora seja empecilho, tal a necessidade deste hábito tem se tornado para mim! Ademais, eu estava sem meu "equipamento" adequado... Mas aquele chinelinho solitário, meio preso à porta desativada da agência bancária, chamou minha atenção! Um pé apenas, na verdade de uma sandalinha infantil, provavelmente de um menininho de tenra idade - tinha uma estampa do "Homem-Aranha"! Como e por que aquela sandalinha fora parar ali??? Ok, havia até sinais de ocupação humana no entorno... Mas não se pode mesmo chamar aquele espaço físico de casa, até por respeito às condições mínimas e dignas de sobrevivência da alguém, quiçá uma criancinha! Pus-me a especular, então... ... Refeita da abstração, sem sucesso, entreguei-me à leitura mesmo! Os imperativos daquela hora impediram-me de continuar os devaneios; outra hora eu conto que foi que se passou com o "Homem-Aranha"...!

Dez em Quando

Quando penso que chego, volto. Quando penso que estou, fui. Quando penso que não, sim. Quando penso em você, eu. Quando penso em nós, AMOR.

Decimal

E então eu resolvi terminar de ler o livro esta noite. Na verdade, a noite já era, às quinze pra uma da madrugada! Tratei logo de acomodar-me melhor na cama, calcei minhas meias de malhação, acendi o inseticida elétrico - os pernilongos aqui são verdadeiros mutantes! - e abri a janela para que o ar circulasse, ao menos um pouco. Já que a ideia assaltou-me, não resisti e rendi-me, humildemente. Não que a leitura estivesse assim valendo o esforço, mas a verdade é que minha vida anda mesmo uma porcaria e era algo que eu podia fazer, efetivamente! Sem dinheiro, sem trabalho, com uma vida social reduzidíssima, pouco ou nada sobrou, que realmente empolgue a mim ou a qualquer outra pessoa. Exceto quando O encontro, verdade seja dita! Mas e o resto da minha vida??? Foi-se aquele tempo e aquela ilusão de que isto bastava: viver numa bolha romântica! E graças sejam dadas: eu caí em mim, ainda que forçosamente! Mesmo que hoje existam tantos e quantos apelos e tentativas e manobras de faze

Festa da carne por aqui...

De novo, a mesma história: deito-me pra dormir e alguma insônia, agora constante, ataca-me! O que me vem então são palavras, frases perfeitas, pseudopoemas ou similares que tenho vontade de logo escrever! Mas qual o que! Invariavelmente o sono vem a cavalo - o traiçoeiro! - e quando acordo, cadê?! Revolta pura, nem me lembro das palavras que na madrugada povoaram-me a mente! Agora que tento, minha mão coça (dinheiro? não, bobagem mesmo!) e ideia mesmo que é bom, neca! Este carnaval está sendo daqueles! Tédio, chuva, excessos sem fim e bloqueio criativo: chorei! Sem nada que realmente valha a escrita, vou inventando, gastando as letrinhas... Notícias de samba em cidades acolá e lembro-me vagamente do tempo em que eu era assídua frequentadora do ritmo por aqui! Parece-me um tempo distante... E que reminiscências são essas?! Quer saber? "Vou beijar-te agora (quem???), não me leve a mal, hoje é Carnaval!" E amanhã tem desfile no bloco e macarrão!

Vazios

Espaços vazios, agora cheios d'água. Água que cai, que corre e escorre... Intermitente e às vezes inclemente. Os vazios, então, ficam cheios e transbordam. Inundam, até. Desmentem aquela pretensa tolerância. Lavam, mas também desabam e arrastam. Provocam estragos e óbitos. Estragos remediáveis e óbitos irreversíveis. Vazios não deviam existir, pelo menos não assim. E água continua a invadir... Quando ela se for, o que restará?