Chovia, como de costume. Ainda assim, ela insistiu em sair. O que é que esperava encontrar debaixo daquele mundaréu de água, senão solidão molhada? Calçou-se do principezinho verde e foi... No caminho, o inesperado: uma conhecida há muito esquecida e estranhos afetuosos, simpáticos. Trocaram conversas amenas e natalinas enquanto aguardavam uma estiada. Ou a fila do caixa no supermercado. Sente-se tocada e, com a diminuição de tanta água proveniente não se sabe donde - do céu? -, ela prossegue. Adentra o shopping e vai direto ao outro supermercado (quanta obsessão pelas compras!), em busca de seu objetivo, nada nobre... Trocas, compras e constatações depois, é hora de voltar à sua solidão úmida. Úmidos estão seus pés e calças, frios como seus membros e seu coração. Ele, o tão aclamado órgão, que nada faz além de pulsar, alheio à tamanha responsabilidade emocional! No afã de se distrair, ela vaga e divaga... Entra na livraria: seu paraíso particular! O atendente sugere uma conversa: ela