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Mostrando postagens de julho, 2011

Em 140 caracteres

Já que são quase cinco mil, por que não?  e quando tudo perde a graça e nos dizemos adeus, ele fica ali, na mão, na boca, grudado... e pensar que eu nem acreditava em nada, nada que não partisse de mim ou por mim... egoísta que fui, esqueci-me que você viria, de qualquer jeito! e quando eu, acostumada que estivesse, você iria, de todo jeito... e então se fez o silêncio, porque todas as palavras já tinham sido ditas e a urgência agora era pelo seu beijo... não um beijo qualquer, mas o beijo que há tempos era esperado e urgia em si... por que os pés estão frios, se as meias existem e estão bem aqui, ao alcance das mãos?! mas não você... vou esgotar-me, exaurir-me e extenuar-me até que nada mais reste além de um sono incontrolável e a vontade acordar no amanhã, CEDO, enfim... ok, retrato-me e explico-me: o despertador não tem nada de poético, mas tapas na cara podem ser muito instigantes... eu preciso e quero! procurando mil palavras pra dizer coisas que nem valem a pena...! &quo

As deselegantes da moda

Chegou ao café, para o encontro, no mesmo momento que a desconhecida, que efusivamente a cumprimentou. Gostaria de ignorá-la, mas seria imprudente. Aproximaram-se da mesa, onde a outra já esperava pelas demais. Novamente a desconhecida – agora conhecida – foi efusiva. E novamente foi tratada apenas com educação. A agora conhecida notou a falta de entusiasmo das duas e sentou-se, de frente pra elas. Prontamente as conhecidas de algum tempo entabularam uma conversa, animada. E excludente para a que chegara por último. O assunto? Moda, roupas, sapatos, blogs e afins. A novata – ela será assim nomeada daqui por diante – percebeu a exclusão e em vão tentou participar. Elas tinham afinal conseguido: ignoravam-na. A novata não se fez de rogada: sacou seu inseparável bloquinho de notas e caneta e ensaiou um texto. O título não poderia ser mais apropriado: “As deselegantes da moda”! A novata incorporara o termo pouco elegante de um amigo, que assim xingava educadamente seus desafetos. El

Carpinejando e carpindo? Sorrindo...

Numa noite de terça-feira como qualquer outra, depois ver a ainda diva Catherine Deneuve na telona, resolvi prolongar o bom humor (pós amor) e dar uma esticada até o Palácio das Artes. Embora as atrações fossem tantas - exposições, declamações de poesia, concerto de filarmônica, cinema -, o objeto de meu interesse quase que se escondia por trás dos jardins na Sala Juvenal Dias. Seria intencional? Impossível saber ou responder, mesmo agora. Quem, como, onde, quando, por que? Meu interesse perpassava e ultrapassava o jornalismo... Fabrício Carpinejar é seu nome. Figurinha muito in: incomum, indescritível, indizível, inenarrável, que despertou minha curiosidade e conquistou para sempre minha admiração. Porque simpático ele não é. É lindo. Do avesso. Borralheiro? Qual nada! Mais Cinderelo, entretanto, impossível. Sentia-me parte daquele seleto (mas que elitismo foi esse? argh!) grupo de amantes da cultura, da literatura, da comunicação de fato e de direito, afinal. Quisera estar a trabalho

Surreal

Então parece mesmo que está dando certo... Depois de uma noite insone, em que ideias maquiavélicas rondaram-se sem descanso, desperto... Ah, mas a vingança é feia - alguém ensinou. Ok, eu sei, também acho. Os apelos eram tantos que quase me deixei arrastar! Pra completar, desculpas esfarrapadas ao acordar, apenas pra fazer recrudescer meu desgosto! Não: tomo um copo d'água lentamente e vou dissolvendo este fel... Boas intenções enchem o ..., mas sou salva por uma mão invisível, via e-mail. E por um ataque de bom senso, muito estimulado pelas estatísticas atuais. Dalí que se cuide...

Não

Não, hoje não é um bom dia pra isso. Ou pra qualquer coisa que o valha. Então deixemos pra outro momento, ok?

Reflexões da sala de banho

Só porque sala de banho é mais bonito que banheiro, mas o local é o mesmo...  Das coisas em que penso enquanto lá estou, seja no banho propriamente dito ou em outras atividades.  Talvez por ser lá o lugar em que só estou, sem nada nem ninguém que interfira.  Este deve ser o motivo de tantas divagações entre as frias paredes azulejadas (no caso brancas): a necessidade premente de estar sozinha, no meu mundo, com meus pensamentos.  Somente eu.  Sem "isto ou aquilo" - sem Cecília também.  Aliás, tenho tanta necessidade dessa presença literária... ainda que não consiga me concentrar por cinco minutos que sejam no que não seja virtual, nestes últimos tempos!  Isto tem me dado nos nervos - como se eu já não tivesse uma natureza fervente por si só!  Eu que bem quereria ser também chamada de "Sereníssima", como a nova princesa de Mônaco!   (pausa para enfim colocar meu novo olhar lilás: que urgência foi essa?!)  Qual nada, descobri há pouco que sou tensa, ai de mim...!  E